Há muitos anos atrás, ainda estudava naquela Escola de Enfermagem, onde me apercebi que a minha vocação era a Psicologia, senti o apelo da ajuda missionária.
Hoje, Moçambique está a viver um dos períodos mais difíceis da sua existência e eu continuo por Lisboa.
Penso, por exemplo, naquela família moçambicana que ficou apoiada numa árvore, tentando sobreviver ao ciclone, com todas as consequências físicas e psicológicas que daí decorreram.
"A resiliência é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, stress, algum tipo de evento traumático, etc. - sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades."
E por falar em resiliência, enalteço a força deste povo, que neste momento luta a todo o momento, muitas vezes apenas para beber água não contaminada. Que perdeu entes queridos, que não tem sequer um tecto para se abrigar, ou até crianças que não sabem dos pais dos quais dependem.
Segundo Madre Teresa de Calcutá, "Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota no mar, mas o mar seria menor, se lhe faltasse uma gota".
Sinto o apelo missionário hoje em dia, tanto ou mais do que o senti pela primeira vez há cerca de 30 anos, mas não será a Psicologia uma Profissão de Ajuda ao Outro?
Não a consigo conceber de outro modo. Apenas como uma Profissão de Relação, de Ajuda, de Paixão, de Missão.
E vou tentando ser mais uma gota de ajuda neste mar, que somos todos nós nesta sociedade.
E vou ficando por Lisboa, trabalhando numa antiga Associação que cuida de Mulheres que precisam de ajuda para serem mais felizes e no meu Consultório com todos aqueles que me procuram com pedidos de ajuda.
Ajudo pessoas a pensarem em conjunto comigo, para resolverem problemas, sintomas, ou simplesmente para se conhecerem melhor.
Penso em Moçambique, mas vou preenchendo o "mar da solidariedade" por aqui.
É, vou ficando por Lisboa...
Conceição Santos Costa
Hoje, Moçambique está a viver um dos períodos mais difíceis da sua existência e eu continuo por Lisboa.
Penso, por exemplo, naquela família moçambicana que ficou apoiada numa árvore, tentando sobreviver ao ciclone, com todas as consequências físicas e psicológicas que daí decorreram.
"A resiliência é a capacidade de o indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas - choque, stress, algum tipo de evento traumático, etc. - sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades."
E por falar em resiliência, enalteço a força deste povo, que neste momento luta a todo o momento, muitas vezes apenas para beber água não contaminada. Que perdeu entes queridos, que não tem sequer um tecto para se abrigar, ou até crianças que não sabem dos pais dos quais dependem.
Segundo Madre Teresa de Calcutá, "Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão uma gota no mar, mas o mar seria menor, se lhe faltasse uma gota".
Sinto o apelo missionário hoje em dia, tanto ou mais do que o senti pela primeira vez há cerca de 30 anos, mas não será a Psicologia uma Profissão de Ajuda ao Outro?
Não a consigo conceber de outro modo. Apenas como uma Profissão de Relação, de Ajuda, de Paixão, de Missão.
E vou tentando ser mais uma gota de ajuda neste mar, que somos todos nós nesta sociedade.
E vou ficando por Lisboa, trabalhando numa antiga Associação que cuida de Mulheres que precisam de ajuda para serem mais felizes e no meu Consultório com todos aqueles que me procuram com pedidos de ajuda.
Ajudo pessoas a pensarem em conjunto comigo, para resolverem problemas, sintomas, ou simplesmente para se conhecerem melhor.
Penso em Moçambique, mas vou preenchendo o "mar da solidariedade" por aqui.
É, vou ficando por Lisboa...
Conceição Santos Costa
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